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Informalidade alta, salário baixo: o status do trabalho em 2019.

  • Foto do escritor: Palma Castro
    Palma Castro
  • 24 de set. de 2019
  • 2 min de leitura

A matéria do jornal Nexo comprova que, no século XXI, o conceito de trabalho adquiriu novos significados, provocando transformações nas condições do trabalho, assim como na organização dos trabalhadores. O trabalho é em si, uma atividade vital, necessária para a sobrevivência, que deveria emancipar o homem e estruturar a humanidade, mas que, ao longo do processo de reconstrução do capitalismo, se corroeu e, de forma complexa e contraditória, expandiu o desemprego estrutural.

De acordo com os dados coletados pelo IBGE a redução do desemprego ocorre principalmente por meio do aumento de vagas informais. Os seis trimestres móveis consecutivos de aumento da informalidade evidenciam como o mundo do trabalho, no capitalismo contemporâneo, passo por um processo contraditório: o desemprego caiu, mas, a informalidade aumentou e o rendimento médio do trabalhador só deve melhorar, quando a economia voltar a crescer com vigor e a perspectiva forem de crescimento sólido.

Neste cenário, novas modalidades informalizadas e precarizadas, caracterizam a atual tendência dos mercados de trabalho: expansão do trabalho parcial ou temporário, terceirização, subcontrato e aumento do número de “trabalhadores flexíveis”. Ocorre uma heterogeneização do trabalho e o crescente aumento da exploração da força de trabalho. Desta forma, se instala um processo destrutivo dos direitos trabalhistas, desregulamentação das condições de trabalho e um retrocesso nas conquistas alcançadas até aqui.

A reportagem apresenta diferentes gráficos para descrever os tipos de trabalhos exercidos pela população brasileira. Analisando o gráfico que trata sobre os tipos de ocupações, é possível constatar que existe uma mutação no universo da classe trabalhadora, que varia de acordo com os ramos e setor, de tal modo que é possível afirmar que dentro do processo produtivo, existem diferentes tipos de grupos de trabalhadores.

Com o domínio da lógica do capital e seu sistema de metabolismo societal, é possível concluir que, quando se pensa no mundo do trabalho, existe um processo contrastante e multiforme, onde a classe que vive do trabalho fragmentou-se e que, de acordo com o ramo produtivo, se qualifica se desqualifica, se especializa, se despecializa. Neste sentido, rumo à precarização estrutural do trabalho, explode o novo proletariado de serviços (ANTUNES, 2018).


 
 
 

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